sábado, 15 de janeiro de 2011

Manhã valiosa

Sexta chegara finalmente. Meus olhos estavam perigosos e meu sorriso faminto e repleto de perguntas ainda sem respostas. Parei numa certa esquina movimentada da cidade e imersa de ansiedade fiquei vendo os carros passarem e me vi entre vultos de pessoas estranhas. Enfim, ele chegou. Com passos firmes e ligeiros me pus a andar. Avistei a rodoviária, senti enfim meu coração pulsar tão rápido ou talvez tão devagar a ponto de faltar o ar. Quando o vi, sorri tanto que parecia idiota. Aqueles olhos de bondade e prata, aquele abraço com força bruta de delicadeza. Segurando minhas mãos gélidas e suadas fomos para casa, a passos lentos e tranquilos. Saímos na quietude daquela noite. Bares não tão lotados, vento frio, céu pesado com poucas estrelas que se atreveram a aparecer. Foi tudo ótimo. Dormimos bem, eu diria (6). Mas, quando acordei, me veio a surpresa. Ficamos ali no colchão, enrolados no edredom. Carícias delicadas e olhos que se fitavam de soslaio. Respiração meio ofegante. Ele bricando com meu cabelo e me olhando de uma forma que eu não fazia idéia do que se passava em sua mente. De repente, como num relexo rápido, ele sussurra baixinho em meu ouvido: " Tô ensaiando isso já faz um tempo (pausa rápida), QUER NAMORAR COMIGO?". Impossivel descrever o que eu senti naquele momento. Misturou-se tudo! Pensei em tanta coisa. Senti frio e calor. Dor e alívio. Fiquei exangue. Acenei positivamente com a cabeça. Não sairam palavras, eu estava chocada! Me senti até um pouco insolente por não ter dito nada, mas se ele me conhece, percebeu pelo meu olhar o quanto eu queria gritar mil vezes que "sim, sim, eu aceito!" Foi tãão lindo. Me surpreendeu muito. E hoje, estamos bem. Sabe que nem tem a chata da razão pra atrapalhar? Até ela tá mandando eu ficar sussa...Não vejo a hora de tê-lo novamente em meus braços, afagar teu cabelo e sussurrar coisas travessas em seu ouvido.

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