terça-feira, 10 de maio de 2011

Devora-me com teus olhos e com a impertinencia de teu sorriso

Me sentindo completa ainda que sozinha. Bom sinal. Eu me faço bem quando não tem mais ninguém... Peço perdão se com a rispidez de minhas palavras te feri, mas a tua ironia burra merecia uma resposta à altura... Café. Pela primeira vez eu quis sentir o gosto, gozo amargo do café. Talvez me lembrasse a avareza de seus olhos, ou a textura áspera de sua barba escura e deveras sensual . Talvez ainda, me lembrasse a força de seus braços e o torpor do beijo que nunca ousei pedir, nem roubar. Só desejei então, o silêncio. Quem sabe um Renato Russo ou Chico Buarque ao fundo, de leve, como um sopro sórdido mas eloquente, entende? Mãos sobre o teclado. Idéias na cabeça. Delírios profundos. Labirintos. Labios soltos e quentes. Sobriedade. Ou não. Mão na nuca, nas costas.... Não tenho a intenção de fazer entender, nem eu entendo. Mas eu queria tanto que... Aquela inquietude, vontade de sair correndo, mesmo que rolando rampa abaixo, não importa, nada importaria se vc estivesse logo alí. Isso não é pra você! É pra vc, que nunca veio aqui, que nunca sequer quis passear dentro de mim, e que agora, do nada, chega e faz essa bagunça, me deixando enrolada, entediada, excitada. Agora eu sei o que eu quero. Pare de me olhar assim, como quem me consome. Você não sabe em que está se metendo. É com uma menina-mulher que você está lidando, mas claro que você não vai saber de tudo sobre mim. Na verdade, você não sabe nada. Mas eu sei. Decida-se. Ou pare de me seduzir com esses olhos devastadores e de me encantar com esse sorriso mais que impertinente, ou assuma a culpa e se entregue. Se isso continuar, não te digo onde vai parar, mas talvez você queira pagar para ver...


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